O Grimório de Elek

Saudações amigos bruxos. As páginas que seguem são reflexões do Bruxo e Sacerdote do Coven Triluna, Elek Ophelus. Convido vocês a unirem-se a mim nessa jornada de auto-conhecimento e equilíbrio com nossa Mãe-Terra. Aqui divido singelos saberes adquiridos através de estudos acerca da Arte e dos fundamentos da Religião da Grande Mãe. Sejam bem - vindos! Blessed be!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Caboclo Urubatão da Guia


Data Festiva: 25 de dezembro

Caboclo guerreiro

O meu rosto foi pintado com terra,
estou em guerra...
A morte não me assusta,
e o prelúdio de sua chegada,
só me dá mais força para lutar,
guerrear pela minha gente,
pela minha prole, e pelo que acho justo.
A liberdade acima de tudo,
pois um falcão sem asas não voa,
e a pantera sem garras não caça.
A bandeira do meu povo é da cor do céu,
e mesmo manchada de sangue,
continua hasteada ao sabor do vento.
O grande espirito falou,
fumou o cachimbo da paz,
e pediu que enterrasse o machado.
Hoje minha flecha é só para caçar,
o tambor só toca em dia de festa,
e na mata escura já não oiço bradar.
Mas nasci guerreiro e sempre serei,
caço na mata e vivo na serra,
descanso em paz, mas vivo na guerra.



É um dos Mensageiros dos Orixás símbolo da Pureza e do Amor; caboclo da Criação; Senhor Supremo que vibra sobre todos os Filhos da Terra. Seu dia é o domingo. Sua morada são as praias e as colinas desertas. Suas cores são: branco e dourado. Sua imantação é a canjica branca com mel. É o senhor do ouro, do aloés e do cristal de rocha. Não tem qualidades, e é sincretizado em Jesus Cristo.

Homenagem ao meu pai Urubatan da Guia



Creek Mary's Blood

Soon I will be here no more
You'll hear my tale through my blood
Through my people and the eagle's cry
The bear within will never lay to rest

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears

White man came
Saw the blessed land
We cared, you took
You fought, we lost

Not the war but an unfair fight
Sceneries painted beautiful in blood

Refrão
Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears
Once we were here
Where we have lived since the world began
Since time it self gave us this land

Our souls will join again the wild
Our home in peace 'n war 'n death

Wandering on Horizon Road
Following the trail of tears
Once we were here
Where we have lived since the world began
Since time it self gave us this land...

"Hanhep iyuha mi ihanbla ohinni yelo
Òn sunkmanitutankapi hena
Sunkawakanpi watogha hena
Oblaje t' ankapi oihankesni hena
T' at' epi kin asni kiyasni he
Akantanhanpi iwankal
Oblaye t' anka kin
Osicesni mitakuyepi òn
Makoce kin wakan
Wakan Tanka kin òn
Miwicala ohinni - Hanhepi iyuha
Kici - Anpetu iyuha kici yelo
Mi yececa hehaka kin yelo, na
Ni yececa sunkmanitutankapi
Kin ka mikaga wowasaka isom
Uncinpi tuweni nitaku keyas ta k' u
Unwakupi e' cela e wiconi
Wanji unmakainapi ta yelo
Anpetu waste e wan olowan
Le talowan winyam ta yelo
Unwanagi pi lel e nita it' okab o' ta ye
Untapi it' okab o' ta
Na e kte ena òn hanska ohakap
Ni itansni a' u nita ni ihanke yelo"

Riacho do Sangue de Maria

Em breve não estarei mais aqui
Você ouvirá minha história através de meu sangue
Através de minha gente e do choro da águia
O urso interior nunca irá deitar-se para descansar

Caminhando na Estrada do Horizonte
Seguindo a trilha de lágrimas

Homem branco veio
Viu a terra abençoada
Nós cuidamos você pegou
Você lutou nós perdemos

Não a guerra, mas uma luta injusta
Belas paisagens pintadas em sangue

Refrão
Caminhando na Estrada do Horizonte
Seguindo a trilha de lágrimas
Uma vez nós estivemos aqui
Onde temos vivido desde o começo do mundo
Ele mesmo nos deu esta terra

Nossas almas irão unir-se novamente ao selvagem
Nosso lar em paz, em guerra, em morte

Caminhando na Estrada do Horizonte
Seguindo a trilha de lágrimas
Uma vez nós estivemos aqui
Onde nós temos estado desde que o mundo começou, desde que o tempo
Ele mesmo nos deu esta terra

"Continuo sonhando todas as noites
Com aqueles lobos,
Aqueles mustangs
E aquelas infinitas praias
Os incansáveis ventos sobre
Os topos das montanhas
A indivisível fronteira de minha carne
A vazia ilha
Do grandioso espírito
Eu ainda acredito
Em todas as noites
Em todos os dias
Eu sou como os caribous
E você como os lobos que me fortalecem
Nós nunca lhe devemos nada
Nossos únicos débitos são nossas vidas
A nossa mãe e é um bom dia para cantarmos
Essa canção para ela
Nossos espíritos estavam aqui
Muito antes de vocês
Muito antes de nós mesmos
E antes estaremos depois
Que seu orgulho lhe conduzir
Ao seu fim"
 

 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Águia



A
 águia é uma ave que possui a maior longevidade da espécie, pois chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem de tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais arranhar suas presas, das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já fica difícil.
Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha, se recolher num ninho próximo a um paredão, onde nela não necessite voar.
Então, após encontrar esse lugar a águia começa a bater o bico numa parede até conseguir arrancá-lo. Ela espera um novo bico nascer, com o qual vai arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começarem a nascer ela passa a arrancar as velhas penas. E, só após cinco meses, sai para o famoso vôo de renovação, para viver, então, mais trinta anos.
A vitória é para os que têm coragem e não sentem pena de si mesmos. Em nossa vida, muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para continuarmos a voar um vôo de vitórias, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras que nos causam dor.
Somente livres do peso de um passado triste podemos aproveitar o resultado que uma renovação nos traz.

Autor: Anônimo

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Arte da Magia

"Para que a magia efetivamente aconteça, três fatores devem estar presentes: a necessidade, a emoção e o conhecimento." (Scott Cunningham)







A
 prática da magia é de origem antiga, sendo encontrada em todo o mundo. A magia é uma força que combina a energia psíquica com os poderes da vontade, para produzir os efeitos "sobrenaturais", provocar as respectivas mudanças e controlar os eventos na Natureza. Aumenta o fluxo de divindade e pode ser usada para propósitos construtivos assim como destrutivos. A magia é uma força neutra que em si não é boa nem má. A direção do bem ou do mal é determinada pelo praticante. Entretanto, como o karma retorna por três vezes para todas as pessoas em conseqüência de seus atos nesta vida, seria atitude de autodestruição para qualquer Bruxo ou mago utilizar a magia negra para causar danos a alguém.
              Como uma ferramenta da Arte Wicca, a forma antiga da palavra magik (em inglês, com o "k" no final) é usada muitas vezes pêlos Bruxos para distingui-la de mágica, que não pertence à Arte, mas, sim, ao teatro, ao truque com as mãos e à ilusão. A magia (magik) é uma ferramenta poderosa. É parte importante da Wicca, embora secundária na adoração à Deusa e ao Seu consorte, o Deus Chifrudo.
              Um dos elementos mais importantes na prática da magia é a sensação. É absolutamente essencial que você possua sensações fortes em relação ao que está tentando realizar para produzir o poder necessário para a realização da magia. É também muito importante usar a visualização criativa, também conhecida como "imaginação desejada". Essa é a arte ou a capacidade mágica de imaginar os resultados finais de sua magia para fazer seus desejos se materializarem. É uma habilidade natural, concedida pela Deusa a determinadas pessoas; contudo, a maioria de nós precisa ativar e cultivar seus poderes por meio de muita prática, exercícios de concentração e meditação. Quando estiver lançando um encantamento, concentre-se sempre profundamente e coloque na sua mente um claro quadro mental aquilo que você precisa ou deseja.
              Sem a sensação e a visualização criativa é extremamente difícil (se não totalmente impossível) a magia funcionar. Você também descobrirá que os melhores resultados serão obtidos se você realizar seus próprios encantamentos e/ou criar seus próprios amuletos, talismãs e poções, em vez de confiá-los a alguém (em especial a um estranho) para realizar a magia por você. Quando fizer um encantamento, você estará impregnando a magia com as suas vibrações emocionais, espirituais e psíquicas.
              Use a magia de maneira sábia, cautelosa e somente de maneira positiva. A magia é algo muito sério e nunca deverá ser abusada ou tratada como um jogo de salão ou brincadeira. Nunca utilize qualquer forma de magia para manipular a vontade ou as emoções de outra pessoa e mantenha sempre em mente a LEI WICCANA:


Lei Wiccan respeita
Perfeito amor, confiança perfeita
Viva e deixa viver
Dá o justo para assim receber
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve
Deosil[1] na crescente levanta
E a Runa da Bruxa canta
Widdershins[2] na minguante é o momento
Para a Runa do Banimento
Quando está nova a lua da Mãe
Beija duas vezes Suas mãos
Quando a lua ao topo chegar
Teu coração se deixará levar
Para o poderoso vento norte
Tranca as portas e boa sorte
Do sul o vento benfazejo
Do amor te traz um beijo
Quando vem do oeste o vento
Vêm os espíritos sem alento
E quando do leste ele soprar
Novidades para comemorar
Nove madeiras no caldeirão
Queima com pressa e lentidão
Mas a árvore anciã, venera
Se queimares, o mal te espera
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar
Em Yule, acende tua tora
O Deus de chifres reina agora
A flor, a erva, a fruta boa
É a Deusa que te abençoa
Para onde a água correr
Joga uma pedra para tudo ver
Se precisas de algo com razão
À cobiça alheia não dá atenção
E a companhia do tolo, melhor evitar
Ou arriscas a ele te igualar
Encontra feliz e feliz despede
Um bom momento não se mede
Da Lei Tríplice lembre também
Três vezes o mal, três vezes o bem
Quando quer que o mal desponte
Usa a estrela azul na fronte
Cultiva no amor a sinceridade
Para receber igual verdade
Ou um resumo, se assim preferes:
'Se nenhum mal causar,
faz o que tu queres'.

              A magia negra não lhe trará somente um mau karma por três vezes; ela também desencadeará uma contra-explosão e provocará resultados desastrosos. Antes de realizar a magia, é sempre aconselhável usar uma forma de divinação para descobrir se os resultados de sua magia serão positivos ou negativos. Você poderá usar uma bola de cristal, as cartas do tarot, velas, runas ou qualquer outro método que preferir. Se não for habilitado na arte da divinação, consulte um Bruxo com experiência ou um mestre respeitável nas artes ocultas.
              A magia é poderosa e funciona; entretanto, determinados encantamentos devem ser repetidos várias vezes até que funcionem, especialmente se você for novo na arte da magia. Não se sinta desencorajado pelo fracasso. Com o treino e a prática suficientes, você logo "sentirá" a magia, e será capaz de usar os poderes para que eles trabalhem para você. Assim como existem várias tradições wiccanas diferentes, a magia também assume várias formas. Existe a magia cerimonial, a magia cabalística, a magia dos nativos americanos (também conhecida como xamanismo), o Vudu e muitas outras.            A escolha da forma (ou formas) correta da magia a ser praticada depende somente da preferência pessoal do Bruxo e/ou da tradição wiccana, embora vários Bruxos escolham praticar a magia folclórica de influência européia. Alguns Bruxos devotam toda a sua vida ao estudo e à prática de somente uma forma de magia, enquanto outros experimentam e praticam vários tipos diferentes. Isso é questão inteiramente pessoal.
              A magia é a ciência dos segredos da natureza, e, para que ela funcione apropriadamente, um Bruxo deve trabalhar sempre em perfeita harmonia com as leis da Natureza e da psique. O banho de água com sal e a limpeza interior do corpo mediante jejum de um dia inteiro antes de realizar o ritual mágico é, muitas vezes, necessário, especialmente na magia cerimonial. Para ser capaz de produzir poder, o corpo físico deve ser mantido em condição saudável.
              A lua e cada uma de suas fases são a parte mais essencial da magia, sendo extremamente importante que os encantamentos e os rituais sejam realizados durante a fase lunar apropriada. A lua crescente (período entre a lua nova durante o primeiro quarto até a lua cheia) é o momento apropriado para realizar a magia positiva e os encantamentos que aumentem o amor, a sorte, o desejo sexual e a riqueza.
              A lua cheia aumenta a percepção extra-sensorial e é o momento apropriado para realizar as invocações à Deusa lunar, os rituais de fertilidade e encantamentos que aumentem as habilidades psíquicas e sonhos proféticos. A lua minguante (época entre a lua cheia durante o último quarto até a lua nova) é o momento apropriado para realizar a magia destrutiva, os encantamentos negativos e feitiços que retirem as maldições, para terminar maus relacionamentos, reverter encantamentos de amor e afrodisíacos, acabar com maus hábitos e diminuir febres, dores e doenças.
              Resumindo, para realizar magia bem-sucedida deve-se estar em harmonia com as leis da Natureza e com a psique. É importante possuir conhecimento mágico, corpo e mente saudáveis e capacidade de aceitar a responsabilidade pelas suas próprias ações. É impossível obter magicamente resultados positivos se o seu nível de energia estiver baixo ou se o seu corpo estiver contaminado por drogas prejudiciais e/ou quantidades excessivas de álcool. Trabalhe durante a fase lunar apropriada, com convicção, concentração e visualização do resultado final. E não se esqueça de prestar atenção aos horários planetares, pois estes podem potencializar ou não seu encantamento. Esses são os segredos para a magia bem sucedida.
              Sempre que terminar um Feitiço, diga: "QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS!" Confie na sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa. A  Wicca é uma Tradição Lunar, assim, todos os rituais devem ser feitos após o Sol se pôr, a não ser que seja absolutamente impossível. Como foi dado anteriormente, cada fase da Lua tem o seu significado. Em muitas tradições mágicas, a mulher é desaconselhada a trabalhar quando estiver menstruada. Na Wicca, essa é a fase de maior poder, especialmente quando coincidir com a Lua do Feitiço.


[1] Sentido horário
[2] Sentido anti-horário

fonte: Claudiney Prieto e Starhawk

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os Instrumentos de um Bruxo



O
s instrumentos usados nos rituais da Wicca têm a sua origem perdida no tempo. Eles são importantes focos de concentração e ferramentas para provocar alterações de consciência, mas é preciso que se saiba exatamente o seu significado para que sejam usados corretamente. Embora eles possam dar um toque de beleza e alegria aos rituais, uma verdadeira Bruxa ou Bruxo jamais deve ficar dependente deles, porque a verdadeira Bruxaria se faz com a mente e com o coração.
O Caldeirão - Embora algumas tradições discordem, a meu ver, o Caldeirão é o instrumento mais importante e significativo para as Bruxas. Ele representa o Útero da Grande Mãe, ou seja, a origem do Universo e de toda a Vida. Dele viemos e para ele retornaremos eternamente. É no Caldeirão que as Bruxas preparam os feitiços, as poções e acendem o fogo para os rituais, quando não é possível acender uma fogueira ao ar livre. Nele se realiza a Grande Alquimia Universal. Em muitos feitiços ele pode conter água ou vinho energizado pela luz da Lua. De preferência, ele deve ser de ferro, com três pés, representando os três aspectos da Deusa. Na falta de um caldeirão, uma panela ou tigela pode substitui - lo desde que não seja de material sintético, como teflon, plástico ou alumínio. Está ligado ao elemento Água.
O Cálice - Associado ao mito do Santo Graal, o Cálice é usado para consagrar e beber o vinho dos rituais, tendo o mesmo simbolismo do caldeirão. Ele foi introduzido na Wicca em época mais recente. Em algumas tradições mais puristas é substituído por uma concha ou um chifre, onde se toma o vinho. Ele também pode ser substituído por uma taça, ou mesmo um copo, desde que não seja de material sintético. Da mesma forma que o Caldeirão, liga-se à Água.
O Athame ou Punhal - Tradicionalmente, o punhal da Wicca é de Lâmina dupla com cabo preto, sendo chamado ATHAME (pronuncia-se átame), uma palavra de origem incerta que significa "O que não morre". Ele representa a energia masculina, sendo um símbolo fálico dentro do ritual. Ele é traçado para abrir círculos, e, durante a Consagração, é introduzido no Cálice para simbolizar a União do Deus e da Deusa. Os ramos mais tradicionalistas substituem o Punhal pela Varinha Mágica, alegando que ele foi introduzido recentemente na Wicca, não fazendo parte dos instrumentos tradicionais. O mesmo se diz da Espada, pois ela seria um instrumento de Magia Cerimonial, que nada tem a ver com a Bruxaria. Na falta de um Athame clássico, qualquer faca serve para o mesmo fim, desde que não tenha sido usada para tirar qualquer tipo de vida ou derramar sangue. Caso não queira usar o Punhal, abra o círculo com a Varinha, um Cristal, ou mesmo com o dedo, como se e faz na Wicca Irlandesa, conhecida como WITTA.
A Vassoura - Esta é uma velha conhecida e amiga das Bruxas! Toda Bruxa que se preza tem uma Vassoura! Ela representa a União das Energias Universais. Os pelos e o cabo representam, respectivamente, os órgãos sexuais feminino e masculino. Havia um ritual muito antigo em que as Bruxas saíam "cavalgando" as vassouras pelos campos e dando grandes pulos, para que as plantas crescessem da altura de seus saltos. Talvez daí tenha vindo a crença de que podiam voar. Também havia certos ungüentos e plantas alucinógenas que provocavam a Viagem Astral, o que poderia dar a impressão de estar voando pelo Ar. E se as Bruxas tivessem algum modo de anular a gravidade? Talvez nós consigamos resgatar esse conhecimento algum dia, mas não tente comprovar essa teoria, especialmente se você mora em APARTAMENTO! A Vassoura pode ser decorada com Símbolos Sagrados e ter a sua Assinatura Mágica. Antes do ritual, ela é usada para varrer o local onde ele será realizado, representando a limpeza espiritual de toda Energia Negativa. Ela também serve de ponte entre o espaço do círculo e o mundo exterior, isto é, ela pode ser colocada deitada num ponto, e, se alguém precisar sair, pode fazê-lo pulando a Vassoura sem quebrar o círculo, e procedendo da mesma forma ao voltar. É bom saber que crianças e animais podem entrar e sair do círculo sem quebrá-lo. Em algumas tradições, a Sacerdotisa cavalga a vassoura ao redor do Caldeirão. Em algumas cerimônias de Casamento, os noivos pulam a vassoura como símbolo de sorte e felicidade. Na Bruxaria Italiana, chamada Stregeria, Bruxas não voam em Vassouras, e sim, em bodes pretos, mas eu prefiro continuar com a Vassoura, pois eles não me explicaram como se pula um Bode para sair do círculo.
O Bastão ou a Varinha Mágica - A Varinha Mágica tem o mesmo simbolismo do Athame, embora segundo algumas tradições esteja mais ligada ao elemento Fogo. Tradicionalmente, ela deve ser feita de uma árvore sagrada como a Aveleira, o Carvalho ou a Macieira, embora eu acredite que qualquer árvore deve servir, desde que você tenha por ela alguma predileção ou ligação emocional. O galho da árvore deve ser cortado na Lua Crescente, e antes sempre se deve pedir a autorização da árvore. Depois de cortado o galho, deve-se deixar alguma oferenda em agradecimento. Ainda hoje, as Bruxas seguem esse procedimento, deixando mel e leite para as Fadas e Elementais, e um pouco de comida para os pássaros. A Varinha pode ser enfeitada com símbolos, fitas, cristais ou algum objeto pessoal.
A Túnica Ritual - Embora muitos "Covens"(nome pelo qual são conhecidas as assembléias dos Bruxos, que significa 'Irmandade') prefiram trabalhar "vestidos de céu", ou seja, completamente nus, existe a opção de se usar a Túnica, tradicionalmente negra. A cor negra isola as energias negativas, sendo ótima para ser usada quando se tem contato com grandes multidões ou pessoas negativas, pois impede que a sua energia seja "vampirizada". A cor negra não tem nenhuma ligação com o Mal, como se costuma pensar erroneamente. Ela representa o Útero Universal, do qual nasceu toda a Luz, a escuridão da Terra onde germinam as sementes. Porém, não se deve usar somente a cor negra, pois precisamos da vibração de todas as cores. E muito menos por mero exibicionismo ou para parecer ESOTÉRICO! Trabalhar nus ou com Túnicas deve ser uma escolha do grupo. Deve-se ter o cuidado para que a nudez não atraia pessoas mal intencionadas. A nudez deve ser um sinal de pureza, de libertação de nossos medos e tabus. Para tanto, é preciso ter um coração puro diante dos Deuses e dos nossos semelhantes, trabalhando muito bem com nossos corpos. É impossível se trabalhar inibida pela nudez, o que tornará o ritual totalmente improdutivo. Se esta for a situação, é melhor usar uma Túnica, mas, com o tempo, é preciso superar esses bloqueios, pois eles são frutos de uma moral Judaico-Cristã repressiva, sendo que a nudez deve ser encarada como algo natural.
O Pentagrama - Embora muitos achem que o Pentagrama não pertença Originalmente à Bruxaria, ele se tornou um de seus maiores símbolos. A Estrela de Cinco Pontas representa as quatro Energias Formadoras do nosso Planeta, isto é, Água, Fogo, Terra e Ar, mais o quinto Elemento, que é o Espírito. Usado com uma ponta para cima, ele é o símbolo da magia Benéfica, onde a Energia do Espírito controla as quatro Energias Formadoras da Matéria. Muitos Satanistas usam o Pentagrama com duas pontas para cima, significando o triunfo da Matéria sobre o Espírito, ou a vitória do Mal sobre o Bem. Deve-se lembrar que, originalmente, o Pentagrama com duas pontas para cima representava o Deus Cornífero, e o Útero da Grande Mãe por sua semelhança com um útero e duas trompas. Só depois do advento do Cristianismo ele foi desvirtuado como símbolo do Mal. Quase todas as Bruxas usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de sua religião, mas isso não é nenhuma obrigação.
O Pentáculo – Em qualquer tradição é um disco sólido, normalmente feito de madeira ou pedra, com um pentagrama entalhado sobre ele. Contudo, hoje em dia é comum vermos pratos pintados. O Pentáculo é freqüentemente empregado como prato mágico sobre o qual objetos podem ser colocados para uma carga mágica, ou para apresentar objetos rituais e oferendas aos quadrantes, ou simplesmente consagrar alimentos.
O Livro das Sombras ou Grimório – É um termo usado para se referir ao livro ritual e mágico de um bruxo. Nele estão tradicionalmente escritos os rituais, as leis, os encantamentos de uma tradição Wiccaniana. No caso de um bruxo solitário, o Grimório é mais uma coleção de encantamentos, símbolos, procedimentos rituais e anotações pessoais. Tradicionalmente cada bruxo deve escrever o seu Livro de Sombras à mão. Mas hoje, na era digital, vemos muitas comunidades online que compartilham e trocam experiências de rituais e encantamentos, o que no passado seria impossível até de ser pensado.
Outros Instrumentos - Também fazem parte da Wicca outros instrumentos como o  Sino para abrir e fechar rituais, Incensórios, Castiçais e outros objetos opcionais. Muitos Covens tocam instrumentos musicais. Enfim, o melhor é usar a imaginação para criar seus rituais.

fonte: Claudiney Prieto

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Gayatri Mantra explicado

OM
BHUR BHUVAH SVAH
TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAH
DHIYO YO NAHA PRACHODAYAT

   O Gayatri mantra é, junto com o OM, o mantra mais conhecido e cantado na Índia. Ele representa a essência do conhecimento védico e foi percebido e  depois ensinado pelo sábio Vishwamitra. Certo dia, o rei Viswamitra estava caçando nas florestas do Himalaia e chegou nas proximidades do eremitério do sábio Vasishtha. As tropas do rei estavam cansadas e famintas.
   Vasishtha saldou o rei e pediu a Kamadhenu, sua vaca que podia conceder todos os desejos, que provesse alimento para o rei e suas tropas. Vishwamitra ficou impressionado com a vaca mágica e pensou que essa  vaca poderia das conta de todas as necessidades dele, de suas tropas e de seu reino. Se aproximando de Vasishtha ele pediu a vaca como presente mas o sábio respondeu negativamente, dizendo que somente aqueles que eram realizados na verdade de Brahman poderiam ter a vaca.

Vishwamitra ficou muito ofendido e se enfureceu, ordenando que suas  tropas tomassem a vaca a força.  Vasishtha então ordenou à vaca que produzisse milhares de guerreiros  celestiais, que deram uma lição nas tropas de Vishwamitra, as  espantando do eremitério. Percebendo o que ocorreu, Vishwamitra realizou que toda a sua  opulência, armas e exércitos não valia de nada perto da realização  yogue de um Brahmarishi (título concedido aos mais altos sábios realizados em Brahman, como Vasishtha). Vishwamitra resolveu ele próprio se tornar um Brahmarishi, abandonando seu reino e adentrando as florestas do Himalaia para praticar meditação profunda em Brahman.

Por muitos anos ele praticou exercícios espirituais e meditação, conseguindo grande poderes yogues. Vendo o avanço de Vishwamitra, Indra, o deus celestial, se assustou e temeu que Vishwamitra pudesse o suceder no comando dos céus. Assim, enviou uma bela ninfa para distrair a meditação de Vishwamitra. O rei se viu vítima da paixão e se enamorou da ninfa, que engravidou  e deu a luz a uma linda menina. Quando se deu conta de que a luxúria havia consumido todos os anos de esforço e meditação, Vishwamitra  renunciou sua esposa e filha e mais uma vez entrou em meditação profunda.

   Desta feita, Vishwamitra conseguiu poderes ainda maiores e Indra, mais uma vez mandou uma ninfa, que tentou atrapalhar a meditação de  Vishwamitra. Tendo sucesso em sua empreitada a ninfa se aproximou do rei, que por sua vez se lembrou da experiência passada e ficou cheio de raiva contra a ninfa por ela ter quebrado sua meditação profunda.Vishwamitra, então, transformou a ninfa numa pedra.
   Foi só então que Vishwamitra percebeu que a raiva e ira haviam consumido todos os anos de sua intensa prática espiritual.Mas com perseverança inquebrantável, Vishwamitra subiu mais alto no Himalaia e entrou mais uma vez em meditação profunda.Durante esse período, um outro rei se aproximou do sábio Vasishtha e pediu a ele para realizar um grande sacrifício do fogo para que o ajudasse a atingir o paraíso com seu corpo carnal e com sua consciência atual, o que Vasishtha recusou prontamente.
   Ofendido e revoltado o rei, chamado Trishunku, se aproximou de Vishwamitra. Vishwamitra viu nesse encontro uma oportunidade de ser vingar de Vasishtha, mostrando seus poderes yogues. Feito o sacrifício do fogo, Vishwamitra mandou o rei ao plano de Indra, com corpo e consciência terrena. Sabendo ser impossível manter o rei no plano de Indra com o corpo e consciência terrena, Vishwamitra o trouxe de volta, mas enquanto descia das alturas celestiais o rei Trishnku chorou e orou para que Vishwamitra o salvasse. Vishwamitra concedeu a salvação ao rei, criando um sistema estelar apenas para o rei. Ou seja, o seu poder era tão grande que ele criou umcéu/paraíso apenas para o rei.Mas ao fazer isso, Vishwamitra percebeu que todo o esforço de sua  meditação e exercícios espirituais intensos foram em vão.

   Mais uma vez ele se viu decepcionado e vez o voto de não sair mais de  sua meditação profunda. Quando Vishwamitra se deu por satisfeito com sua prática, Brahma em pessoa apareceu ante ele e disse que estava muito satisfeito com a intensidade da prática de Vishwamitra, concedendo-lhe o título de Maharishi (Grande Sábio). Entretanto, Brahma lhe avisou que para se tornar um Brahmarishi ele deveria ser abençoado pelo Sábio Vasishtha. Ao dizer isso, Brahma desapareceu.Mesmo atingido o estado de Maharishi, Vishwamitra se frustrou ao pensar que depois de tudo ainda teria que recorrer ao sábio Vasishtha para ser abençoado.

   Com ciúme da posição de Vasishtha ele pensou que se o matasse ele não  precisaria das bênçãos para se tornar um brahmarishi. Espreitando a casa de Vasishtha ele pegou uma grande pedra para atirar na cabeça de Vasishtha. Mas quando estava próximo ele escutou a esposa de Vasishtha, Arundhati, dizendo que já que Vishwamitra havia se tornado um grande homem, ele deveria abençoá-lo e assim elevá-lo ao estado de Brahmarishi. Vasishtha concordou e disse que assim que Vishwamitra o procurasse ele concederia sua benção.

   Ao ouvir isso, Vishwamitra se sentiu profundamente envergonhado, lançou a pedra longe e correu para se curvar diante do grande sábio. Assim, Vasishtha disse a Vishwamitra: "Você mostrou ao mundo que o espírito humano é invencível e não aceita derrota. Você conquistou a  luxúria, os desejos, o apego e arrogância, um por um, através de suas  intensas práticas espirituais e meditação. A última barreira era o ciúme. Agora você o conquistou também. Salve Brahmarishi Vishwamitra! " Assim que Vasishtha tocou o ponto entre as sobrancelhas de Vishwamitra, seu chakra frontal se expandiu e ele viu os sete ritmos pelos quais o Cosmo foi criado.

   Nesse exato momento, o Gayatri Mantra junto com os sete Vyahritis  (lit. ritmos, mas são os sete planos de manifestação consciencial) foi revelado a ele. Vishwamitra tem como tradução possível "amigo (mitra) do Universo
(vishwa)".

   Gayatri é um dos aspectos da deusa Saraswati, esposa de Brahma e que representa o seu poder criativo ou shakti. Saraswati é mitologicamente representada como a protetora e inspiradora das artes, música, literatura e ciência. No entanto, esotericamente ela representa o potencial de expressão da mente humana.

A palavra Gayatri é composta de duas palavras:
Gaya= Florescer, abundar, energizar (vitalizar), energia vital.
Trâyate =o que protege; o que concede a liberação.

Vamos estudar esse mantra, que junto com o OM é o mais importante das tradições hinduístas.


Saraswati

A estrutura do mantra é de 3 linhas com 8 sílabas em cada uma, fazendo um total de 24 sílabas.Cada sílaba estimula os impulsos de criação dentro do Ser.
Assim, por mais que numa análise superficial o entendimento do mantra
fique de certa forma bem claro, é importante dizer que a tradução pura e simples do mantra abrange apenas a superfície de sua real significância.

Que fique bem claro que o mantra não se trata apenas de uma oração ou
um pedido solene.

Essa métrica de 3 linhas com 8 sílabas em cada uma, fazendo um total de 24 sílabas, é específica do Gayatri e por isso outros mantras que contém essa estrutura são chamados de gayatri também. Temos o gayatri do Ganesha, ou da Lakshmi, por exemplo.

O mantra aparece no Rig Veda da seguinte maneira:

TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAH
DHIYO YO NAHA PRACHODAYAT

Notem que não há a adição dos Vyahritis (Bhuh, Bhuvah, Swaha[svah]) ,
pois a métrica do Gayatri deve respeitar as 24 sílabas no total.
Mais adiante falaremos sobre os Vyahritis.

Voltemos à métrica do Gayatri:
Como já foi dito, cada sílaba gera impulsos de criação em todo o Ser.
Vamos as 24 sílabas e seu significado esotérico:

1)Tat: Sabedoria Profunda (Brahma Jñana)
2)Sa: Bom uso da energia
3)Vi: Bom uso da riqueza
4)Tu: Coragem durante períodos ruins / acidentes
5)Va:A grandiosidade do convívio amigável com as mulheres
6)Re:A grandiosidade da esposa, que concede toda a fortuna à família
7)Nyam: Adoração e respeito à Natureza
8)Bhar: Controle Mental constante e firme
9)Go: Cooperação e Paciência
10)De: Todos os sentidos sob controle
11)Va: Vida Pura
12)Sya: Unidade do homem com Deus
13)Dhee: Sucesso em todas as esferas
14)Ma: Justiça Divina e Disciplina
15)Hi: Conhecimento
16)Dhi: Vida e morte
17)Yo: Seguir o caminho da retidão
18)Yo: Manutenção da Vida
19)Nah: Cautela e Segurança
20)Pra: Conhecimento das coisas que estão por vir e Doação para o bem
21)Cho: Leitura das escrituras sagradas e Associação com os sábios
22)Da: Auto Realização e Bem Aventurança
23)Ya: Boa Progênie
24)At: Disciplinas da vida e cooperação

   Assim, volto a afirmar que o mantra não é uma simples oração ou ode a uma deidade específica, mas sim todo um conjunto de conhecimentos profundos e sutis. Não é a toa que o gayatri mantra é considerado a essência dos vedas. Mas para não ser muito analítico e para dar uma utilidade mais prática ao mantra, vou me ater a explicar o mantra em suas três linhas com oito sílabas cada. Mas nem por isso o estudo será superficial, como poderão comprovar.

De maneira geral, o Gayatri Mantra é cantado ou pensado da seguinte maneira:

OM
BHUR BHUVAH SVAH
TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAH
DHIYO YO NAHA PRACHODAYAT

Vamos a uma tradução aproximada:

OM: de forma simplista podemos dizer que ele é o som primordial, a fonte de toda a criação. Um dos outros nomes pelo qual é conhecido é PRANAVA ou "substrato da vida, princípio vital". O OM é a base de onde toda a criação tem existência. Ele é o  substrato de todo o Conhecimento, é o "pano de fundo" onde o potencial criativo se manifesta. Não podemos aprofundar o assunto aqui, mas o OM é produto da Shakti, ou Poder Criativo da Consciência [Brahman].Somente a explicação desse mantra daria um livro, mas para o nosso estudo a definição acima basta.

BHUR BHUVAH SVAH: são 3 das 7 Vyahritis (lit. "palavras, dizeres") percebidas pelo sábio Vishwamitra. Representam 3 dos 7 planos de manifestação da Consciência.
As vyahritis mais o OM são usadas como uma introdução ao mantra.

BHUR é tradicionalmente associada ao plano físico. Esotericamente é a "espiritosfera" (neologia usada para descrever a amplitude da "atmosfera espiritual" pertinente ao planeta, corpo celeste ou parte/ambiente sideral) do planeta Terra.

BHUVAH é lit. "atmosfera". Esotericamente é a espiritosfera imediatamente superior à nossa. Segundo a tradição seria o espaço entre o Sol e a Terra e entre a Terra e os outros planetas. Para o pensamento hindu, todos os planetas são habitados e ao mesmo tempo são consciências distintas, sendo Júpiter o mais avançado (espiritualmente) de todos (em nosso sistema solar).Lê-se "buvarrá". Em alguns casos, onde o `h' final não é pronunciado, é "buvá".

SVAH: é o Paraíso, o plano mais alto em nosso sistema. Esotericamente é associado ao Sol, que segundo os sábios é o "limite da onisciência" (Ishwara) de nosso sistema. É ele o portador de todos os referenciais de conhecimento que possuímos. Para um aprofundamento recomendo ler com atenção o Yoga Sutras de Patanjali. Infelizmente não poderemos aprofundar esse tema aqui, pois ele é extenso e tem correlação com a manifestação consciencial desde Brahman até o mundo físico.Lê-se "suvarrá". Em alguns casos pode ser lido como "isvárra".

As vyahrits são interpretadas de várias maneiras, dependendo do ponto de vista filosófico.

Elas também podem ser interpretadas da seguinte maneira:
Bhur: Rig Veda
Bhuva: Sama Veda
Svah: Yajur Veda

Ou ainda como sendo relacionados aos cinco pranas que fluem no corpo
humano:
Bhur: Prana (região peitoral)
Bhuva: Apana (região sacra)
Svah: Vyana (permeando o corpo todo)

  Essa abordagem é bem fundamentada nas disciplinas Tântricas do Hatha-Yoga e do Kriya Yoga.É outra abordagem que requer uma explicação mais detalhada, mas infelizmente não é possível nesse momento, visto que todo o conhecimento de bioenergia fundamentada no Kundalini Yoga, Laya Yoga, enfim, no Tantra teria que ser explicado.

As outras 4 Vyahrits são: Mahaha, Janah, Tapah, Satyam.

TAT: Lit. Aquele, aquela (aqui refere-se à Savitri). Lê-se "Tat" (com t mudo).

SAVITUR: De Savitri, o esplendor do Sol, o brilho solar, os raios solares, a força solar. Em muitos casos Savitri é associado ao deus do Sol (Surya). Ela seria a shakti (poder) de Surya. De forma esotérica representa o Criador, Sustentador, o todo penetrante.

VARENYAM: Desejável, excelente, o melhor entre

BHARGO: efulgência, esplendor, luminosidade (que destrói os pecados), brilho, glória.

DEVASYA: Divino, relativo à divindade. Lê-se "devássia".

DHEEMAH: Meditar sobre; relativo à meditação. Lê-se "dimarri".

DHIYO: pensamentos elevados ou nobres, intuição profunda, iluminar (revelar a Realidade Última). Lê-se com o i duplo, "diio".

YO: o que, o qual.

NAH: nosso, de nós, unir, junto, nó. Lê-se "narrá", com o "á" curto, como em água.

PRACHODAYAT: de prach (pedir, demandar) + codate[chodayate] (animar, inspirar, colocar em movimento), portanto a tradução seria algo como possa inspirar, possa animar. Lê-se "prachodaiáte" .

   Uma tradução aproximada do mantra seria "Eu Saúdo aquele Ser, possuidor da efulgência divina e que é a causa e sustentação de todos os planos da existência.Que minha mente esteja sempre fixa e absorvida Nele e que Ele possa iluminar, purificar e inspirar meu intelecto."

O Mantra está todo relacionado ao aspecto iluminador e todo abrangente de Brahman.Em verdade, o mantra nos mostra a natureza essencial de toda a existência.

Gayatri é uma das formas da Shakti de Brahma, de Vishnu e Shiva.Ela representa a base, o substrato de toda a existência. Ela é a "expansão" do OM ou a energia que o movimenta.

Num estudo mais aprofundado o mantra se revela como sendo a representação do Sol Espiritual ou a Luz da Consciência.Sem essa Luz, o próprio Brahma (criador na trindade hindu) perderia seu sentido de ser. Sem essa Luz não haveria o que ser sustentado ou preservado.
Ela seria a ponte ou a ligação inquebrantável de Brahman com tudo. Seria a Presença invisível e subjacente a tudo.

O Mantra foi ensinado ao avatar Rama por Vishwamitra durante a batalha contra o demônio Ravana, onde todas as possibilidades de  vitória de Rama diminuíram consideravelmente.Com o uso do mantra Rama teve o controle de todas as armas divinas e assim conseguiu derrotar o demônio.

Assim, o mantra tem sua aplicação no sentido de manifestação, de realizar o potencial de "vir a ser".É energia pura.

Segundo os Vedas, "O Gayatri protege quem o recita". Ele deve ser cantado todos os dias, de preferência de Manhã, de Tarde  e de Noite.

Ele pode ser dividido em três partes para maior entendimento. A primeira parte é de louvor, a segunda de meditação e a terceira de prece.Primeiro saudamos a Realidade Suprema, depois fixamos a mente e coração Nela e por último apelamos para a purificação e iluminação.


fonte: http://www.anjodeluz.com.br/gayatri2.htm

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quem é a Deusa de quem os wiccans tantam falam?


   O período neolítico não conhecia deuses - vigorava o matriarcado, com a Deusa-Mãe. O conceito de paterno inexistia e a moral, a ciência e a religião ocupavam a mesma esfera. Com a instituição do patriarcado, o cálice foi derramado através da espada, relegando o elemento feminino. Com o fim da era de Peixes, tipicamente masculina, o reinado feminino retorna em Aquário para resgatar Sofia, o arquétipo da Sabedoria. Assim como o Taoísmo primitivo, todas as religiões ancestrais visualizavam o Universo como uma generosa Mãe. Nada mais natural: não é do ventre delas que saímos? De acordo com o mito universal da Criação, tudo teria saído dela. Entre os egípcios, era chamada de Nuit, a Noite. "Eu sou o que é, o que será e o que foi." Para os gregos era Gaia - Mãe de tudo, inclusive de Urano, o Céu. Entretanto, ela não era apenas fonte de vida, como também senhora da morte. O culto a Grande - Mãe era a religião mais difundida nas sociedades primitivas. Descobertas arqueológicas realizadas em sítios neolíticos testificam a existência de uma sociedade agrícola pré-histórica bastante avançada, na região da Europa e Oriente Médio, onde homens e mulheres viviam em harmonia e o culto à Deusa era a religião. Não há evidências de armas ou estruturas defensivas, onde se conclui que esta era uma sociedade pacífica. Também não há representações, em sua arte, de guerreiros matando-se uns aos outros, mas pinturas representando a natureza e uma grande quantidade de esculturas representando o corpo feminino. Essas esculturas também foram encontradas em Creta, datadas de 2.000 a.C. Na sociedade cretense as mulheres exerciam as mais diversas profissões, sendo desde sacerdotisas até chefes de navio. Platão conta que nesta sociedade, a última matrifocal de que se tem notícia, toda a vida era permeada por uma ardente fé na natureza, fonte de toda a criação e harmonia. Segundo historiadores, a passagem para o patriarcado deu-se em várias esferas. Na velha Europa, a sociedade que cultuava a Deusa foi vítima do ataque de poderosos guerreiros orientais - os kurgans. O Cálice foi derrubado pelo poder da Espada. Outro fator decisivo para tal transformação foi o crescimento da população, que levou as sociedades arcaicas à "domesticação da terra". Os homens tinham que dominar a natureza, para obrigá-la a produzir o que queriam. Com a descoberta de que o sêmen do homem é que fecunda a mulher (acreditava-se que esta gerasse filhos sozinha), estabeleceu-se o culto ao falo, sendo este difundido pela Europa, Egito, Grécia e Ásia, atingindo o seu ápice na Índia. Com o advento do monoteísmo, e patriarcado - e a conseqüente dominação da mulher - o culto ao falo estabeleceu-se em definitivo. "O monoteísmo não é apenas uma religião, é uma relação de poder. A crença numa única divindade cria uma hierarquia - de um Deus acima dos outros, do mais forte sobre o mais fraco, do crente sobre o não-crente."
   Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa civilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo. O mito de Lilith mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a submeter-se a Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob ti?" - ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la do Paraíso. Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de demônios. Mas Adão fica, e sente-se só. Jeová então cria Eva, a mulher, condenada eternamente à inferioridade. Como enunciava Santo Agostinho, a mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a imagem de uma costela. Embora a personagem do Deus cristão seja bem mais suave do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto
   Jeová distribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade. A Virgem e Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe realça a união do homem e da mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e Madalena, a companheira do Salvador.Contrapondo-se à figura de Madalena, a Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e protetor. Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena, Diana, a Lua, a Natureza, Hécate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força.
   A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!

fonte: Claudiney Prieto

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Poder dos Cristais


Formulados a partir da potencialização da vibração de cristais somados a água e luz solar, os Elixires de Cristais são um apoio poderoso para o reequilíbrio energético. De características fortes essas essências trabalham diretamente sobre bloqueios, sejam eles energéticos, traumáticos, emoções, karmas e outros.
O funcionamento destes elixires é o mesmo de qualquer outra essência floral: Os Elixires são concentrados que disponibilizam energia de cristais potencializada. Por meio do líquido as informações correspondentes ao cristal alcançam especialmente os corpos físico e sutil, podendo imediatamente desenvolver seus efeitos.
O principio básico do tratamento é a ingestão da água energizada com cristais que expressem o princípio arquetípico da questão a qual se quer equilibrar ou tratar. Sua energia atua diretamente nos corpos sutis, alinhando os chakras e desobstruindo os bloqueios energéticos.

Para se chegar às essências a serem empregados, os terapeutas efetuam perguntas direcionadas a identificar os estados do consulente e, baseado nas respostas, aconselha o uso de elixires específicos aos desequilíbrios ou questões identificadas ou desejadas.
Neste tipo de tratamento a resposta costuma ser rápida e efetiva, pois a energia de um cristal terapêutico age diretamente no campo energético, melhorando a quantidade e a qualidade da energia vital de todo o organismo. Existem relatos maravilhosos do uso de Elixires de Cristais combinados com Terapia Floral e outras técnicas terapêuticas.
As pedras e seus efeitos
Quartzo Azul: Tranquilizante, ajuda a recarregar as energias aumentando a disposição. Relaxa a musculatura, principalmente nuca, ombros e pescoço. Acalma a mente agitada, dissipa melancolia e insatisfação.
Esmeralda: Ajuda a esquecer mágoas e ligações excessivas com o passado. Ativa a criatividade e aguça a percepção e a intuição. Abre o coração para o amor e a sabedoria. Fortalece memória clarividência, serenidade e satisfação.
Citrino Amarelo: Diminui timidez e insegurança principalmente no campo profissional. Proporciona sono tranquilo e estimula a alegria.
Turmalina Negra: Transforma energias negativas em positivas. Utilizada para proteção e harmonização de energias sutis, proporciona limpeza energética.
Quartzo Rosa: Melhora a auto-estima e ativa as energias de amor, fidelidade e paz. Gera equilíbrio emocional e dissipa raiva, tensão, ódio e ciúme.
Sodalita: Ativa funções intelectuais, memória e capacidade mental, sendo indicada para estudantes. Também amplia horizontes e ajuda a enxergar novas possibilidades.
Ametista: Transmite sensação de desprendimento, fé e coragem. Diminui a agitação mental proporcionando mais concentração. Estimula a calma interior, o discernimento e o desapego aos valores superficiais.
Calcita Ótica: Transparente, ajuda a restabelecer a vontade de viver após acidentes ou choques emocionais, principalmente em casos de separações afetivas ou morte. Estimula memória e funções cerebrais.

fonte: http://bemzen.uol.com.br/noticias/ver/2010/07/19/635-o-poder-dos-cristais